Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

MATILDE CAZAROLA

( Bolívia )

 

Matilde Casazola Mendoza (nascida em 19 de fevereiro de 1942 em Sucre, Bolívia é uma poetisa e compositora boliviana que escreve canções enraizadas nas tradições musicais de seu país.

Em 1974, Casazola visitou a Argentina , onde fez uma extensa turnê cantando e compondo mais poemas e canções. Após seu retorno, ela realizou seus primeiros shows na Bolívia. Mais tarde, em 1982, ela fez outra extensa turnê européia cantando e compondo, ampliando os horizontes de sua busca artística.

eu legado inclui as seguintes obras poéticas: Los ojos abiertos (1967), Los cuerpos (1967), Una revelación (1967), Los racimos (1985), Amores de alas fugaces (1986), Estampas, meditaciones, cánticos (1990) e O espelho do anjo (1991). As publicações mais importantes de Casazola incluem Obra Poética (Imprenta Judicial, Sucre, 1996), que compilou doze de seus livros de poesia, e Canciones del Corazón para la Vida (Ediciones Gráficas EG, La Paz, 1998), um songbook que inclui quarenta de suas composições da escrita e da música. 

 

TEXTO EN ESPAÑOL  -  TEXTO EM PORTUGUÊS

 

BEDREGAL, Yolanda.  Antología de la poesía boliviana. La Paz: Editorial Los Amigos del Libro, 1977.  627 p.

13,5x19 cm                                  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

LOS OSCUROS

La fruta estaba hecha
para que la gustáramos,
para olerla y gozar su lozanía.
Pero nosotros no podíamos comprarla.

El sol estaba hecho
para amar nuestra piel,
estremecer la vida de todo nuestro cuerpo.
Pero a nuestra guarida el sol no entraba.

El pan de cada día, en fin, estaba hecho
para hablarnos todas las mañanas
de campos fecundados.
Pero nosotros sólo comíamos mendrugos y agrios.

También había música y otras cosas dulces,
pero habitaban en el aire alto,
y nosotros sólo captábamos sus ecos.

Nos debatíamos en la cueva obscura
en el cuartucho húmedo
donde la única verdad es la Miseria.

Entonces, no aprendimos
el himno de la alabanza,
y la sonrisa de nuestros labios
era una flor enferma.

Dicen que Dios hizo a los hombres iguales
y semejantes a El en armonía y en belleza.
¿Cómo es, entonces, que ahora
formemos este vértice inmundo
del que huyen todas las miradas
y contra el que se vuelven bruscamente las espaldas?

— Hablo por la boca del hombre que se arrastra
por húmedos rincones
de morada siniestra.
Dice que también de él era la tierra. —

¿Quién hurtóme el rojo clavel
llamarada impetuosa,
quién bloqueó mis salidas,
quién me esperaba
aún antes que pensar nascer,
con la triste cadena?

No estuvo equilibrada en mi balanza
la desdicha con la bienaventuranza.

Te regalo de antemano mis huesos
para que hagas con ellos
trémulas flautas que cantan elegías
mientras a blanca mesa se sientan prósperas familias,

y hay sol, hay pan, hay fruta.
Pero llora, es verdad, en todo el aire
trémula flauta su llanto innumerable.
 

 

TEXTO EM PORTUGUÊS

Tradução de ANTONIO MIRANDA

 

OS ESCUROS

A fruta estava feita
para que a desfrutássemos,
para cheirá-la e para gozar seu viço.
Mas nós não podíamos compra-la.

O sol estava pronto
para amar a nossa pele,
estremecer a vida de todo o nosso corpo.
Mas no nosso abrigo o sol não entrava.

O pão de cada dia, afinal, estava feito
para falar-nos todas as manhãs
de campos fecundados.
Mas nós apenas comíamos cascas de pão e azedas.

Também havia música e outras coisas doces,
mas habitavam o ar mais elevado,
e nós apenas captávamos seus ecos.

Debatíamo-nos na cova escura
no cubículo úmido
onde a única verdade é a Miséria.

Então, na aprendemos
o hino da louvação,
e o sorriso de nossos lábios
era uma flor enferma.

Dizem que Deus fez os homens iguais
e semelhantes a Ele em harmonia e em beleza.
Como é, então, que agora
formemos este vértice imundo
de que fogem todas os olhares
e contra o que se voltam bruscamente as espaldas?

— Falo pela boca do homem que se arrastra
por úmidos recantos
de morada sinistra.
Dizem que também dele era a terra. —

Quem furtou-me o rubro cravo
chama impetuosa,
quem fechou as saídas,
quem me esperava
mesmo antes de pensar em nascer,
com a triste corrente?

Não esteve equilibrada em minha balança
o sofrimento com a felicidade.

Te ofereço de antemão os meus ossos
para que faças com eles
trêmulas flautas que cantam elegias
enquanto à branca mesa sentam-se prósperas famílias,

e tem sol, tem pão, tem fruta.
Mas chora, em verdade, en todo o ar
trêmula flauta seu canto incontável .

 

 

 

*

VEJA e LEIA outros poetas da BOLÍVIA em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/bolivia/bolivia.html

 

Página publicada em junho de 2022.


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar